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Pejotização: como as empresas devem se preparar após a suspensão nacional determinada pelo STF

  • Foto do escritor: Eduardo Caetano de Carvalho
    Eduardo Caetano de Carvalho
  • 29 de abr.
  • 2 min de leitura

Em 14 de abril de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do ARE 1.532.603 (Tema 1389), determinou a suspensão nacional de todos os processos que discutem:


  • Fraude em contratos civis/comerciais de prestação de serviços,

  • Licitude da contratação de pessoa jurídica ou trabalhador autônomo,

  • Competência da Justiça do Trabalho para julgar esses casos,

  • E quem é o responsável pelo ônus da prova em alegações de fraude.


Essa decisão reforça a necessidade de planejamento jurídico estratégico pelas empresas que contratam profissionais PJ ou autônomos.


O que as empresas precisam saber


O STF destacou que, respeitando a liberdade de organização produtiva (ADPF 324), a contratação de PJs é válida. Entretanto, a Justiça do Trabalho tem descumprido sistematicamente essa orientação, gerando insegurança jurídica e multiplicação de ações.


Assim, ainda que a contratação seja lícita, um erro formal ou de conduta pode expor a empresa a riscos de reconhecimento de vínculo empregatício.


Como proteger sua empresa


1. Elaboração de contratos sólidos de prestação de serviços


  • Formalize de maneira clara a autonomia do prestador.

  • Evite qualquer cláusula que indique subordinação ou controle direto.

  • Defina objetivos e entregas, não horários ou formas de execução.


2. Cuidados na prática diária


  • Não controle jornada ou local de trabalho.

  • Permita que o prestador atue para outras empresas.

  • Evite benefícios típicos de empregados CLT.


3. Planejamento jurídico contínuo


  • Avalie periodicamente todos os contratos vigentes.

  • Realize treinamentos internos para gestores de contratos.

  • Atue com escritórios especializados em Direito do Trabalho para prevenir litígios e estruturar corretamente as contratações.


Conclusão


A decisão do STF não impede a contratação de PJs, mas exige atenção redobrada. Com bons contratos e assessoria jurídica permanente, sua empresa poderá continuar utilizando esse modelo de contratação, minimizando riscos trabalhistas.

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